28 de mar. de 2009

Nove Anos

Já alerto que o texto abaixo está escrito em primeira pessoa. É um texto de impressões, e não existem impressões em terceira pessoa. Pelo menos, não as impressões pessoais.



Nestes dias, perguntava-me por que motivo aumentou-se, de oito para nove, o número de anos do ensino fundamental.


A justificavita que encontrei, lendo as notícias da imprensa, é de que existe a intenção de formar cidadãos.


Então voltei a questionar-me: formar cidadãos na escola?


A justificativa que encontrei, lendo as notícias da impresa (e quem mais dá notícias, além da imprensa e da vizinha fofoqueira?) é de que a cidadania será ensinada (?) através de matérias correlatas: filosofia, sociologia, cultura e sociedade brasileira, etc.


De novo, voltei a refletir: são os professores que irão ensinar cidadania? Aqueles mesmos professores que ganham salários de fome, e que não conseguem exercer nem um terço dos direitos "cidadãos" garantidos pela Constituição Federal?


A resposta que encontrei foi de que sim, são estes professores.


Essa decisão só poderia mesmo ter sido tomada por quem não frequentou a escola, e orgulha-se em dizer que se tornou presidente mesmo sem ter "diproma".


Cidadania não se ensina. Se pratica. E somente com a prática as crianças a aprenderão. A questão toda é que a cidadania começa pelo respeito ao patrimônio público e ao dinheiro do povo (leia-se orçamento). E aí fico me perguntando: estarão os idealizadores do projeto dispostos a agir com cidadania?





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