11 de mar. de 2008

Uísque

Rótulo de hoje: Sir Edward's.


Se trata de um blended standard escocês, com 40% de graduação alcoólica.


Não se percebe forte aroma. É um uísque com gosto bastante suave. Sabor não é amadeirado. Provavelmente porque seu tempo de maturação é de oito anos.


Existe, é verdade, uma versão doze anos. Mas é difícil encontrá-la no Brasil.


Puxa um pouco para o frutado, mas nenhum dos sabores, de madeira ou frutas, é exagerado. Mantém-se suave, mesmo ao ser servido sem gelo.


É, defiinitivamente, um uísque para ser tomado para quem não aprecia espécimes de gosto mais acentuado.


O problema de acrescentar gelo, é que o gosto suave praticamente se perde, quando do derretimento, e conseqüente mistura com excesso de água.


Recomenda-se experimentar a qualquer hora. Em algum lugar do mundo, agora é happy hour.

6 de mar. de 2008

Direitos Civis

A onda de violência que atingiu o País como um todo é deveras preocupante. O cidadão não mais anda em segurança pelas vias públicas; não repousa em segurança; não viaja em segurança; não trabalha em segurança.


O medo gerado pelo crime, e potencializado exponecialmente pela imprensa, atinge não só o cidadão comum. Também as autoridades, que despido o disfarce de homens públicos, são cidadãos comuns, sofrem os mesmos medos. Aliás, sofrem mais. Sofrem como cidadãos acuados. E sofrem como responsáveis por tentar extirpar a violência, ou ao menos diminuí-la.


Não se pode dizer que não existem tentativas sinceras e bem intencionadas. Mas o foco dado ao combate ao crime acaba por prejudicar muito mais o cidadão, do que o deliqüente.


Há, no Brasil, uma sensível diminuição de direito civis. Convive-se diuturnamente com uma série de restrições ao direito de ir e vir. O cidadão cada vez mais é submetido a situações vexatórias, sob o manto da prevenção e combate ao crime.


Quantas e quantas vezes é preciso ficar parado nas portas das agências bancárias, aguardando o vigilante resolver se a pessoa tem cara de bandido ou de mocinho. Em prédios públicos somente se entra após a passagem por detectores de metal. E o atendimento nos guichês de vidro jateado não deixa que se possa olhar nos olhos do interlocutor.


Tudo fica impessoal. A cordialidade e os bons modos dão lugar à aspereza e às poucas palavras trocadas. Só o necessário é dito. Qualquer informação não intencional prestada, pode ser utilizada pelos meliantes.


As neuroses coletivas pelas quais passa a coletividade, de tempos em tempos, são preocupantes. A aceitação pacífica das restrições aos direitos civis, conquistados com sangue e lágrimas é preocupante.


Cada vez mais submete-se o cidadão ao poder do Estado, quando na verdade o Estado é quem deve submeter-se e garantir os direitos do cidadão.


A situação é cada vez mais preocupante.


Direitos Civis

A onda de violência que atingiu o País como um todo é deveras preocupante. O cidadão não mais anda em segurança pelas vias públicas; não repousa em segurança; não viaja em segurança; não trabalha em segurança.


O medo gerado pelo crime, e potencializado exponecialmente pela imprensa, atinge não só o cidadão comum. Também as autoridades, que despido o disfarce de homens públicos, são cidadãos comuns, sofrem os mesmos medos. Aliás, sofrem mais. Sofrem como cidadãos acuados. E sofrem como responsáveis por tentar extirpar a violência, ou ao menos diminuí-la.


Não se pode dizer que não existem tentativas sinceras e bem intencionadas. Mas o foco dado ao combate ao crime acaba por prejudicar muito mais o cidadão, do que o deliqüente.


Há, no Brasil, uma sensível diminuição de direito civis. Convive-se diuturnamente com uma série de restrições ao direito de ir e vir. O cidadão cada vez mais é submetido a situações vexatórias, sob o manto da prevenção e combate ao crime.


Quantas e quantas vezes é preciso ficar parado nas portas das agências bancárias, aguardando o vigilante resolver se a pessoa tem cara de bandido ou de mocinho. Em prédios públicos somente se entra após a passagem por detectores de metal. E o atendimento nos guichês de vidro jateado não deixa que se possa olhar nos olhos do interlocutor.


Tudo fica impessoal. A cordialidade e os bons modos dão lugar à aspereza e às poucas palavras trocadas. Só o necessário é dito. Qualquer informação não intencional prestada, pode ser utilizada pelos meliantes.


As neuroses coletivas pelas quais passa a coletividade, de tempos em tempos, são preocupantes. A aceitação pacífica das restrições aos direitos civis, conquistados com sangue e lágrimas é preocupante.


Cada vez mais submete-se o cidadão ao poder do Estado, quando na verdade o Estado é quem deve submeter-se e garantir os direitos do cidadão.


A situação é cada vez mais preocupante.


4 de mar. de 2008

Uísque

O rótulo de hoje é o Johnnie Walker Black Label.


A marca comercializada pela família Johnnie Walker é composta por vários blends. Os mais famosos são o Red Label envelhecido durante oito anos, o Black Label, envelhecido doze anos, e o Blue Label, envelhecido vinte e um anos. Existema ainda outros. O Green Label, envelhecido durante quinze anos, o Gold Label, envelhecido dezoito e o Swing, que não traz na embalagem o tempo de envelhecimento. Possivelmente o processo de envelhecimento do Swing fique entre quinze e dezoito anos.


Entre os uísques fabricados na Escócia, ou scotchs, a marca Johnnie Walker é a mais vendida no mundo. Foi fundada por John Walker, e sua primeira denominação foi Walker's Kilmarnock Whiskie. Isto em 1.876. O famoso rótulo da marca desenvolvido no mesmo ano do início da comercialização perdura praticamente intocado até hoje.


Nossa ocupação de hoje é o Black Label.


Esta variedade de uísque foi criada em 1.909, por George e Alexander Walker, netos do fundador John Walker. Os dois procuraram criar um blend scotch whisky, que fosse encorpado e saboroso.


Conseguiram.


O Black Label se trata de um uísque blended. Os uísques desta categoria se caracterizam por resultar de uma mistura de uísques, tanto de grãos, como de maltes. Normalmente esta mistura é de quarenta a cinqüenta variedades de uísques. Os blended de luxo são envelhecidos por um período mínimo de doze anos. Já os blended standard são envelhecidos por oito anos. Obviamente, o envelhecimento dos uísques, de luxo ou standard, ocorre em barris de carvalho. Daí a coloração final, dourada, brilhante e sedutora.


Resultado da mistura de quarenta e quatro diferentes maltes, o Black Label possui aroma doce, bem amadeirado. Seu sabor é de cravo da índia. Também é possível perceber doce de manteiga (muito pouco) e um leve toque de mel. Mas o destaque é mesmo o sabor do malte.


É um uísque para ser tomado puro, com água mineral, ou com gelo (de água mineral). Qualquer outra mistura, como guaraná, energético ou mesmo limão (whiskysour) o estragaria.


Não é o melhor uísque doze anos do mercado. Mas dentre aqueles que podem ser comprados no Brasil, com um preço acessível, é uma ótima opção.


Recomenda-se experimentar a qualquer hora. Em algum lugar do mundo, agora é happy hour.

3 de mar. de 2008

Futuro (?)

O Brasil é o país das contradições. A frase não nasceu neste blogue. Aliás, não é preciso ser intelectual para cunhá-la. Nem mesmo necessita ser letrado. Mera observação do que ocorre em volta do brasileiro é suficiente para conduzir à conclusão.


O problema disto tudo é que ninguém se escandaliza. A informação pronta entrega acabou por banalizar o poder de reação e de indignação do brasileiro. Hoje a mídia anuncia um acidente de avião. Amanhã outro, e assim por diante. Acidentes passam a ser normais no cotidiano, e se passa a conviver com eles, como se normal fosse aviões caírem a todo instante.


O mesmo ocorre com a violência. Perdeu-se a capacidade de enchergar para além da notícia. Homicídios, seqüestros, latrocínios, furtos e roubos. A população convive pacificamente com a barbárie. Nem é caso de se exigir a indicação. Hoje, o povo sequer chega a assustar-se com o crime que capeia.


Identicamente, não há reação às maracutaias com o dinheiro público. Ontem os escândalos do mensalão, do filho do presidente, das telefônicas. Hoje os cartões coorporativos, que compram cadarços, alpiste, tapioca e contratam bailarinas. O chefe da nação vem a público ofender deliberadamente a inteligência de qualquer pessoa com mais de dois neorônios e ninguém levanta a voz para protestar. O máximo que se houve são gritos de outros homens públicos que, por amor ao dinheiro e não ao País ou ao povo, querem derrubar a situação, para comerter os mesmos atos de rapinagem que condenam em público.


Os escândalos e a desgraça são tão explorados que se tornou mais interessante à população alienada saber quem será eliminado do Big Brother Brasil, ou com quem casaram os atores e atrizes.


Não é por outro motivo, por exemplo, que analisando a lista de assuntos da página eletrônica do Universo On Line, se pode constatar : álbum de fotos; bate papo; bbb; blog/fotoblog; cartões; celebridades; cinema; diversão e arte; estilo; horóscopo; jovem; namoro; revistas; shopping; sites pessoais; televisão; tv uol e vídeos; e uol k.


Tudo do mesmo, para entretenimento do internauta que pretende estar se atualizando constantemente, dos assuntos relevantes da, e para a, nação.


O pior de tudo é saber que esta população, principalmente jovem e sem expectativa nenhuma, é o futuro do Brasil.